Festival de Cinema:

Amor e Guerra no outro lado da Cortina de Ferro

Oferecimento: Cineclube das Relações Internacionais/FURG

Inscrições: no local

 

Proposta: São quatro filmes gravados na então União Soviética, todos sobre o amor e a guerra – e, na maior parte das vezes, ambos. Cada um é também uma crítica social. Não são, no entanto, uma crítica fácil, são visões de um mundo no qual pessoas reais viviam. São alguns dos maiores sucessos produzidos no próprio bloco, filmes lembrados com carinho e respeito por aqueles que viviam aquela realidade e que se identificaram com eles. Esses filmes foram escolhidos por sua importância política, histórica, social, pela qualidade cinematográfica e, claro, por sua ligação com os temas! Começaremos com a guerra e vamos, a cada filme, nos aproximando do final feliz! Venha ver, aprender e discutir! Passando no Campus FURG/SVP mais próximo.

 

 

Vá e veja!

Quando e onde: Miniauditório do LATUR - 12/12 - 14h30min

Títulos: Idi i smotri - Come and See (2h23min)

Diretor: Elem Klimov

Data: 1985

Sobre: Os nazistas foram vencidos, mas a que custo? Vá e Veja! O filme foi um sucesso desde seu lançamento, mas cresceu em importância desde lá, e hoje é rotineiramente encontrado nas listas de filmes mais importantes da história do cinema. Ele é sobre os horrores da guerra, o sofrimento, a perseverança perante um ambiente que retira a humanidade. E, sobretudo, a trajetória do jovem Flyora contra o inimigo implacável. Um filme muitas vezes descrito como particularmente preciso sobre o ambiente de uma guerra e a realidade vivida naquela região (Bielorrússia), uma obra difícil de ver, que transita entre vários gêneros, mas, sobretudo, é um contundente manifesto contra as guerras e seus horrores.

 

 

Quando Voam as Cegonhas

Quando e onde: Miniauditório do LATUR - 14/12 - 14h30min

Títulos: Letyat zhuravli - The Cranes Are Flying (1h36min)

Diretor: Mikhail Kalatozov

Data: 1957

Sobre: Verônica e Boris são namorados, mas ele se voluntaria para a II Guerra Mundial. Ela permanece trabalhando em Moscou para ajudar no sustento de sua família enquanto espera ele voltar para se casarem. No entanto, violência e tragédia ocorrem dos dois lados, um reencontro pode não ser possível, mas isso não impede que o amor entre ambos permaneça, como as cegonhas que continuam voando acima de todos, apesar dos problemas humanos. Um filme feito com técnicas avançadas para a época e reconhecido pela constante beleza com que as cenas são construídas. A história de Verônica superou em muito o cinema do leste europeu, se espalhou por todo o continente e atravessou o Atlântico para ser visto por um amplo público e ser lembrando como uma das mais impactantes histórias protagonizadas por heroínas do período. É, também, um precursor de um cinema do Leste Europeu com personagens femininas complexas, com nuances e dificuldades, que assumem o papel de personagem principal do filme para construir histórias sociais e de guerra.

 

 

Balada de um Soldado

Quando e onde: Miniauditório do LATUR - 14/12 - 16h30min

Títulos: Ballada o soldate - Ballad of a Soldier (1h27min)

Diretor: Grigory Chukhray

Data: 1959

Sobre: Um filme soviético indicado ao Oscar? Que passava nos Estados Unidos durante os piores momentos a Guerra Fria? Balada ao Soldado é um filme premiado em Cannes, BAFTA, San Francisco, e muitos outros festivais e por governos pelo mundo, um clássico instantâneo do cinema russo que, em sua bilheteria de lançamento, há a notícia de ter vendido 30 milhões de ingressos. Com suas técnicas cinematográficas e personagens carismáticos, ele conta uma história improvável. Ele é sobre o amor durante a guerra. O amor romântico de namorados, o amor dos casados, o amor da mãe por seu filho, o amor dos soldados por seus companheiros – o amor extraconjugal também. Em meio à guerra aberta, aos horrores que ela traz e afetam tanto os personagens, que tipos de amor um soldado pode sentir? Sobre isso é essa balada cinematográfica.

 

 

Ironia do Destino, ou Aproveite seu Banho!

Quando e onde: Miniauditório do LATUR - 15/12 - 14h30min - Parte I

Quando e onde: Miniauditório do LATUR - 15/12 - 16h30min - Parte II

Títulos: Ironiya sudby, ili S lyogkim parom! - The Irony of Fate, or Enjoy Your Bath! (3h04min, intervalo entre partes I e II)        
Diretor: Eldar Ryazanov

Data: 1976

Sobre: Ironia do Destino é o principal filme de Eldar Ryazanov, um dos mais destacados e prolíficos diretores do período. O filme é um romance feito para a televisão sobre a vida nas grandes cidades da Rússia – e sobre beber demais e acabar no lugar errado, na hora errada, com uma chave que abre porta err... certa? Seu sucesso foi como poucos, a comédia e os personagens tiveram grande identificação com o público e tomaram vida própria como um produto cultural apreciado em mais de uma dezena de países. Estima-se que, dois anos após seu lançamento, ele tinha sido visto por ao menos 250 milhões de pessoas e continuou sendo assistido ininterruptamente desde então. O filme foi - e é - reprisado desde o lançamento nas noites de ano novo em muitos países do Leste Europeu, chegando ao século XXI nessa tradição de dar boas-vindas ao ano que chega com os personagens. Aqui há pouca guerra (entre países), vários enganos e um improvável romance. O filme é uma profunda crítica social ao modo de vida, dificuldades e ironias presentes no dia a dia das pessoas que viviam do outro lado da cortina de ferro, mas feita com muito otimismo e bom humor, ao ponto que as críticas sobre seu conteúdo não prevaleceram, e ele foi amplamente distribuído ao público.