O II Simpósio INDERI terá como tema "Geo-Corpo-Política: nacionalismo e erosão da democracia" e acontecerá dias 11 e 12 de novembro às 18h pelo canal do youtube do INDERI (@inderifurg).

O Simpósio terá duas mesas imperdíveis. A primeira, "Gênero e erosão da democracia: disputas políticas e críticas feministas" contará com a palestra de Flávia Biroli (UNB) e a participação de Édna Rocha (UFPEL) como debatedora. A segunda mesa, sob o título "Identidades violentas? Nacionalismo e conflito na política contemporânea" terá a palestra de Tatiana Vargas Maia (Uni La Salle) e a contribuição de de Dediane Souza (UFC-UNILAB) como debatedora.

Sobre as convidadas:
- Flávia Biroli. Professora do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília. É autora, entre outros, de Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil (Boitempo, 2018), Gênero, neoconservadorismo e democracia (com Maria das Dores Machado e Juan Vaggione, Boitempo, 2020). Flávia é doutora em história pela Unicamp. É professora associada do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília. Foi presidente da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP, 2018-2020) e fez parte do Grupo de Assessoras da Sociedade Civil da ONU Mulheres (2016-2017) e do Grupo Internacional de Especialistas que preparou os relatórios da Commission on the Status of Women (CSW, ONU) em 2019 e 2020. Foi editora da Revista Brasileira de Ciência Política (2009-2017) e editora-associada da revista Politics & Gender (2018-2019). Foi pesquisadora visitante no Latin American Centre e fellow de curta-duração da Jesus College, na Universidade de Oxford (2020). É autora, entre outros, de Autonomia e desigualdades de gênero: contribuições do feminismo para a crítica democrática (Eduff/Horizonte, 2013), Feminismo e política (com Luis Felipe Miguel, Boitempo, 2014), Família: novos conceitos (Perseu Abramo, 2014), Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil (Boitempo, 2018), Gênero, neoconservadorismo e democracia (com Maria das Dores C. Machado e Juan Vaggione, Boitempo, 2020).

- Édna Rocha é professora de Sociologia, graduada pela Universidade Federal de Pelotas. Realiza na mesma Universidade Mestrado em Ciência Política e integra o grupo de pesquisa Representação, Ativismos e Gênero (REAGE/PPGCPOL/UFPEL).

- Tatiana Vargas Maia é professora de História e Relações Internacionais e no Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Bens Culturais na Universidade La Salle. Tatiana é Doutora em Ciência Política pela Southern Illinois University, Mestra em Relações Internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Bacharela em História pela UFRGS e Bacharela em Ciências Sociais pela PUCRS.

- Dediane Souza é travesti, feminista, Jornalista, Mestranda em Antropologia pela Universidade Federal do Ceará e Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UFC/UNILAB), diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará e filiada a Rede Trans Brasil.

Sobre o tema do Simpósio:
O tema do Simpósio este ano surge do entendimento de que nossos corpos estão situados, atravessados e marcados. Essa não é uma obviedade trivial. Significa afirmar que somos produtos de contingências individuais, mas também que há processos socioculturais que nos objetificam. Nossos corpos nos pertencem, mas são alvo de colonização, expropriação e violências.

Nesses processos, nossos corpos estão situados em uma relação específica com a subordinação dos territórios. Nossos corpos marcados habitam territórios e portanto, geo-corpo-política desconstrói a nossa compreensão sobre a corporeidade como uma propriedade individual porque explicita a continuidade produtiva, política e epistêmica do corpo enquanto território, como nos diz Verônica Gago (2020).

Geo-corpo-política é uma provocação: nos permite evidenciar as estreitas conexões entre o corpo de cada um/a de nós e o corpo coletivo. Nos permite, também, compreender as Relações Internacionais a partir de lentes que são corporificadas e localizadas geopoliticamente.

Assim, entendemos uma geo-corpo-política como uma ousadia imaginativa: inspiradas pelas diferentes perspectivas feministas, estamos pensando na potência do devir, na capacidade de se defender e de se refazer nas alianças possíveis.

Nosso segundo Simpósio do INDERI, em meio a um contexto de pandemia, propõe um espaço de diálogos e trocas para pensar dois temas que entendemos indispensáveis para a compreensão e a prática das Relações Internacionais e que estão em estreita interdependência: a erosão da democracia e o nacionalismo.

Dia 11/11/2021, quinta-feira, às 18h será a mesa Gênero e erosão da democracia: disputas políticas e crítica feminista com a palesra de Flávia Biroli (UNB) e participação de Édna Rocha (UFPEL) como debatedora. Nesse link: https://www.youtube.com/watch?v=-bml9eMrqWI

Dia 12/11/2021, sexta-feira, às 18h ocorrerá a mesa: Identidades violentas? Nacionalismo e Conflito na Política Contemporânea com a palestra de Tatiana Vargas Maia (Universidade La Salle) e participação de Dediane Souza (UFC/UNILAB) como debatedora. Nesse link: https://www.youtube.com/watch?v=XzGXhkJSty0

Esperamos contar com todes vocês na construção desse espaço.